Casos de conjuntivite aumentaram no inverno: saiba como se prevenir

Somente no Hospital de Olhos de Vitória foram 1.440 casos registrados entre junho e agosto, um aumento de mais de 50% em relação ao verão

O clima frio e seco característico do inverno é um ambiente propício para a proliferação de vírus e bactérias. Com a umidade do ar abaixo de 50% como tem ocorrido na Grande Vitória nos últimos dias, os casos de conjuntivite tendem a aumentar. No Hospital de Olhos Vitória (HOV), foram 375 atendimentos somente em agosto, totalizando 3.255 casos no ano.

O oftalmologista do hospital, Anacleto José Vieira Gomes, antecipa que, durante o inverno, já foram registrados 1.440 casos, contra 923 que ocorreram no verão. “Tivemos um crescimento de mais de 50% quando comparamos as duas estações. Em geral, temos esse crescimento por conta do clima seco, da maior concentração de poluentes no ar e da menor lubrificação natural dos olhos. Esse conjunto torna ainda mais propícia a manifestação de doenças oculares, assim como sua proliferação”.

A conjuntivite é uma inflamação na membrana que reveste a parte interna das pálpebras e a parte branca do olho e pode ser alérgica, bacteriana ou viral, sendo que a última é altamente contagiosa nos primeiros dias. Entre os sintomas mais comuns estão olhos vermelhos e lacrimejantes, coceira, sensação de areia nos olhos, secreção, pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e sensibilidade à luz.

A jornalista Lyvia Justino conta que o filho João, de cinco anos, teve conjuntivite bacteriana. “Ele ficou com o olho bem vermelho, inchado e com secreção. Levei ao médico, que entrou com a medicação já no primeiro dia e melhorou rápido. Não sei exatamente como ocorreu a contaminação, mas várias crianças na escola também estão com conjuntivite”, conta.

De acordo com o médico do HOV, o tratamento consiste em usar colírios antibióticos e soro fisiológico, além de evitar lentes de contato, que podem agravar a infecção. “Por ser uma doença contagiosa, não devemos compartilhar objetos pessoais, principalmente se ficam próximos ou em contato com os olhos, evitar lugares fechados e com muita aglomeração e higienizar as mãos com frequência. Caso sinta qualquer sintoma, é essencial procurar o oftalmologista para iniciar o tratamento adequado”, frisa doutor Anacleto.

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